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quarta-feira, março 16, 2011

Silencia a sanfona de Chiquinha

Faleceu, às 5h de ontem, a sanfoneira, cantora e compositora Francisca Januária dos Santos, 86 anos, a Chiquinha Gonzaga, irmã do Rei do Baião Luiz Gonzaga. Chiquinha era a última dos nove irmãos de Gonzagão ainda viva. ´Não temos mais filhos de Santana e Januário vivos`, resume Joquinha Gonzaga, sobrinho dos dois músicos, que também carrega o legado da sanfona na família.

Chiquinha Gonzaga sofria de Alzheimer e foi internada com quadro de pneumonia Foto: Julio Jacobina/DP
Nos últimos anos, Chiquinha vinha sofrendo de Alzheimer. ´A situação dela ia piorando a cada dia. Ia de casa para o hospital, do hospital para casa`, explica Joquinha. Na noite de anteontem, passou mal e foi socorrida para o hospital com quadro de pneumonia e infecção urinária. ´Infelizmente, ela não resistiu`, disse Joquinha, comovido.

A história de Chiquinha, mesmo à sombra do irmão, carrega em si muita autenticidade. Ela subiu num palco pela primeira vez aos 41 anos, mas já tocava sanfona desde pequena, escondida dos outros. Na história da música brasileira, foi a primeiramulher a tocar oito-baixos profissionalmente.

Conseguiu reconhecimento no seu estilo, mesmo sem o incentivo do irmão. Em 1952, apresentou-se com a família no espetáculo Os sete Gonzagas, e, em 2009, numa entrevista concedida ao Diario, revelou que Luiz não aceitou a proposta de continuar com o show e os mandou que ´se virassem`. E se virou bem. Na sua trajetória, conta, inclusive, com disco produzido por Gilberto Gil, o Pronde tu vai, Luiz?.

A família prestará homenagem à artista durante o velório. A cerimônia de sepultamento será realizada no cemitério Tanque do Anil, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde está localizado o mausoléu da família.

"Não temos mais filhos de Santana e Januário vivos" Joquinha Gonzaga, sobrinho e herdeiro musical de Chiquinha


André Valença // Especial para o Diarioandrevalenca.pe@dabr.com.br
http://www.diariodepernambuco.com.br/2011/03/16/viver3_0.asp

Para quem não sabe eu "amo" forró, e quando era mais nova dançava muito, mas com a correria do dia dia me afastei bastante das noitadas, porem o ritmo e sua história fazem parte de mim.
Estou triste, pois Chiquinha era um forte simbolo feminino nesta cultura de muitos homens.

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